Espero que você use estas dicas, suba na prancha, segure firme a vela de sua vida, e consiga se mover ao seu objetivo maior. Lembre-se, “o vento que você irá encontrar” pode fazer com que sua carreira decole.
Em função da intensa globalização, gerando um fluxo de informação, recursos físicos, financeiros e sobretudo de pessoas como nunca antes na história da humanidade, a complexidade do trabalho em equipe torna-se ainda maior, pois algo que já é bem dinâmico mesmo quando trabalhamos com “pessoas semelhantes”, torna-se ainda mais desafiador quando nos deparamos com a diversidade no ambiente de trabalho. Neste sentido, abordamos aqui alguns desafios e qualidades individuais que podem ser úteis.
O senso de missão é algo fundamental como elemento aglutinador de uma equipe. Quer você trabalhe no setor industrial, no comércio, num centro de pesquisa, ou em outro ambiente, seu grupo de trabalho tem, ou pelo menos deve ter, bem definida sua missão. E esta deve ser compartilhada por todos membros, e principalmente entendida pelo líder da equipe. Obviamente, em certos contextos, este senso de missão é tão intenso que está, por assim dizer, impregnado no DNA da organização, como é o caso de instituições ligadas a áreas estratégicas como espacial, militar ou de energia. Quando se tem o foco na missão, se reduz a ênfase aos pequenos problemas pessoais que, as vezes, geram desavenças entre os membros, e se amplia a interdependência do time.
Outro aspecto importante é a habilidade de comunicação. Vivemos numa sociedade em que se dá muito destaque à capacidade de expressão e, comparativamente, pouca atenção à percepção. Ocorre que a habilidade de perceber o outro, buscando entender a essência da mensagem, transmitida sobretudo de forma não verbal através dos gestos, postura corporal, nível de tensão da voz, dinâmica da respiração e outros elementos, faz total diferença na eficiência da comunicação. Estes aspectos são ainda mais relevantes ao líder da equipe que deve estar atento a como os membros encontram-se no momento da reunião.
Apesar da barreira do idioma, cada vez mais o Brasil absorve recursos humanos do exterior. Apenas como exemplo, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de engenheiros estrangeiros no Brasil cresce numa escala superior a 30% nos últimos anos. Neste sentido, o conhecimento de outras culturas se torna outro diferencial no mundo corporativo.
Além da competência técnica, cada vez mais valorizada, princípios como persistência, paciência e humildade intelectual podem servir de suporte na dinâmica de trabalho em um grupo diversificado. Em recente experiência na NASA, onde atuei como pesquisador, tive a oportunidade de vivenciar alguns dos desafios acima e aplicar estes princípios. Como resultado atuei em três projetos envolvendo seis pesquisadores oriundos de quatro países. Esta experiência aliada à busca constante de novos conhecimentos tem permitido abrir outros caminhos no mundo cada vez mais diverso.
Em sua próxima reunião, pense nestas dicas.
Sucesso!